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The Middle Way

The Middle Way

19 de Agosto, 2017

Zero Waste e Slow Living

JR

Afinal, qual a filosofia por trás do estilo de vida Zero Waste?

Resumidamente, diminuir ao máximo a quantidade de lixo que vai parar aos aterros.

 

À medida que vou descobrindo mais sobre este estilo de vida, sempre com um ponto de vista crítico e pessoal, começo a pensar o mundo de outra maneira. As minhas escolhas mudaram de forma profunda. Não consigo olhar para o consumismo desenfreado da mesma forma, aquilo que escolho é mais ponderado e parece que me sinto mais alerta e consciente. Faz todo o sentido. Na verdade, não precisamos de mais de metade das coisas que temos. Deitamos tudo fora com demasiada leveza. Tudo é descartável e demasiadamente rápido e etéro. Por isso, muitas vezes, o conceito de Zero Waste aparece associado ao conceito de slow living. Ou seja, pararmos. Abrandarmos o ritmo da vida, das compras, do consumismo. Abrandar para termos tempo e espaço para dar valor ao que, realmente, importa.

 

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Está, também, associada a uma forte componente ética. Respeitar o planeta onde vivemos, os animais, as pessoas. Ter consciência que os recursos que utilizamos são finitos e que a população é demasiada para esses recursos. Respeitar o ciclo natural do planeta, para que se possa regenerar, a seu tempo, permitindo-nos continuar a retirar dele o alimento, energia, roupa e conforto.

 

 

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Estes são os seus princípios-base: recusar, reduzir, reutilizar, reciclar e fazer compostagem. Seguindo estes princípios, não é produzido lixo doméstico, o fim de um produto acaba por dar início a um novo ciclo e a um novo produto. Passar de um sistema linear para um sistema mais cíclico, em que os materiais são utilizados de forma mais eficiente. Em que a escolha desses mesmo materiais é tida em conta para que, na altura em que cheguem ao fim do seu ciclo e se tornem lixo, sejam o menos tóxico possível.

 

Implementar isto de forma radical é difícil. Mas abre-nos portas para melhores escolhas.

 

Não pretendo que todos nós consigamos colocar todo o nosso lixo num pequeno frasco de vidro. Mas todos nós podemos fazer mais. Cuidarmos um pouco mais. Preocuparmo-nos mais.

A oferta é pouca. No mercado estamos rodeados de tudo que é descartável: fast food, fast fashion... Quem quer mudar tem de fazer alguma ginástica. Talvez, se mais gente exigir produtos mais sustentáveis, comecem a aparecer mais alternativas a preços mais acessíveis. Talvez se torne a norma.

 

 

Nos dias que correm, até a vida se está a tornar descartável.

É por aqui que queremos continuar a caminhar...?

 

 

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