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The Middle Way

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16 de Novembro, 2017

Pequenas ideias para mudar o mundo #6 - my veggie stock!

JR

Mais um pequeno passo no caminho certo.

 

Ando numa de experimentar pratos novos, testar-me na cozinha, experimentar novos sabores. Passo, portanto, algum do meu tempo livre a ler receitas. É muito frequente ver na lista  de ingredientes: caldo de vegetais, caldo de carne, caldo de peixe, caldo de marisco...

 

Até há bem pouco tempo, para mim, na minha preguiça mental culinária (...isto existe?) caldo era sinónimo de pequenos cubinhos da Knorr. Acontece que, no último ano, descobri três paixões novas na minha vida. A primeira, logicamente, o meu anjinho papudo, mais conhecida por bebé H. A segunda, a sustentabilidade no geral. A terceira, a culinária! E quando falo de culinária falo, em grande parte, do Masterchef Australia. Claro que vejo, uma ou outra vez, outros programas que envolvem comida, mas há pouca gente comparável ao Matt, George e Gary.

 

O engraçado é que, em certos momentos, reparo que estas três novas paixões se fundem perfeitamente. A bebé H. motiva-me a cozinhar tudo de raiz, a querer saber de nutrientes, de alimentos, de sabores, de qualidade. A saga contínua de diminuir embalagens e reduzir o desperdício alimentar também dá a sua mãozinha e, por fim, os australianos ensinam muitas técnicas culinárias interessantes.

 

E todas estas paixões se fundem, mesclam, embrenham numa coisa tão simples, mas tão saborosa como...

 

 

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...um caldo de restos de vegetais caseiros!

 

- Como é que isto funciona?

 

Ora bem, todos nós (que cozinhamos), ao preparar vegetais, vamos deixando de parte caules, toros, folhas menos viçosas, ramas e outras extremidades de vários vegetais. Isto, para quem tem uma alimentação equilibrada, acontece todos os santos dias. Verdade?

 

Nas últimas semanas, tenho guardado todos esses legumes desajeitados e enjeitados num saco dentro do congelador. Quando o saco está cheio, retiro-o do congelador e fervo o seu conteúdo numa grande panela, durante um bom bocado até reduzir a àgua e tempero, a gosto. No final, é só coar o caldinho e, aí sim, dizer adeus definitivamente a esses legumes.

 

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O que fica é um delicioso caldo de legumes, aromático e nutritivo. Sem conservantes. Tanto posso usar de imediato como congelar para usar mais tarde. Este tipo de caldo pode ser usado de diversas formas: molhos, risottos, sopas ...

 

Desta forma, usamos os vegetais na sua totalidade. Damos-lhes valor. Rectifico, damo-nos valor. Valorizamos aquilo que comemos. Segundo a União Europeia, 88 milhões de toneladas de comida vão parar a aterros sanitários, anualmente. Este desperdício alimentar não é só um problema ético e económico, é também uma forma de esgotar os recursos limitados do nosso planeta.

E, claro, reduzimos nas embalagens de Knorr. E poupamos dinheiro...

 

Há que ser criativo, também, na alimentação! Há que comprar apenas a quantidade de alimentos que necessitamos (um dos principais benefícios da venda a granel!). Saber a origem dos alimentos e comprar alimentos provenientes de produções sustentáveis é extremamente importante. Estas produções são aquelas que respeitam os solos, que permitem o seu repouso, que apostam na variedade de produtos em vez de apostarem num cultivo excessivo em larga escala de um único alimento. Ao escolhermos um produto estamos a dar força ao seu produtor. A dizer, indirectamente, que é assim que queremos ver o mundo.

Como querem ver o mundo?

 

 

 

 

 

 

 

Nota1: escusado será dizer que o mesmo se pode fazer com restos de carne (ossos), peixe (espinhas) e marisco (conchas, cascas...)!

Nota2: tenho reutilizado o saco de plástico onde ponho os vegetais e vou reutilizá-lo até se estragar. Depois penso numa alternativa...

 

 

 

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